quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Lucas, vou ter saudades :/


Não contava que as coisas acontecessem tão depressa. Nem as coisas boas nem as coisas más. É certo que bastou uma notícia para arder o que era bom, transformando tudo em cinzas da memória e lágrimas. Cinzas essas que guardo como relíquias no meu coração enquanto que as lágrimas secam com os sorrisos que me tentam animar.
É incrível como em tão pouco tempo tornaste-te alguém tão especial. Admiro isso em ti. Lembro-me da primeira vez que te vi na turma. Perguntava-me quem eras tu e como serias. Lucas, o novo colega. Ao princípio nem liguei muito à tua presença. Contava que a tua amizade poderia surgir como as outras que conquistei na turma: com o tempo. Mas parece que quando falamos numa questão de tempo, todos os segundo são valiosos.

Uma manhã e um baralho de uno e tudo o resto veio por acréscimo. Nunca pensei que um jogo tão banal poderia ser uma maneira de fazer amizades. Nunca pensei rir tanto contigo logo no primeiro dia que começamos a falar. Aquela tua confusão com o abrir para dentro ou para fora, foi motivo de riso o dia inteiro. Lembro-me também do dia que foste ter comigo à escola depois das aulas para a “desporra” (como a Patrícia disse xD ) no jogo do uno. Nunca ninguém veio ter comigo apenas para uma desforra. Mas assim foi.

Agradeço todos os bons momentos que tivemos, todos os sorrisos e gargalhadas e todas as asneiras que fizemos. Espero que um dia também sintas saudades dos pacotes de açúcar e de me teres à tua frente a abanar-te a mesa para te chatear.

Lucas, obrigado por teres feito ver que as amizades são valiosas e o tempo é escasso. Mas juro-te que te odiei por teres dito que ias embora. Se fosse por minha vontade, aquele abraço duraria toda a vida só para não ter que ver-te partir. Apesar de não ser possível para ti ficar cá, espero que um dia voltes. Não digo para voltares definitivamente para cá, mas a tua presença é essencial. Agora acabaram-se as brincadeiras e os jogos. Acredita que invejo todos aqueles que vão ter a sorte de te acolher num novo mundo, talvez não muito diferente do de cá. Eles vão ter a sorte de ficar perto de uma pessoa espectacular. Nunca mudes, és perfeito como és porque és tu mesmo.

Vou ter tantas saudades tuas, minha formiga Lulu x’) Obrigado por tudo. Adoro-te Lucas Piloto. Hás de cá sempre ficar (L)

2 comentários:

  1. Ah, que fofo!

    Acho que devo me apresentar, não? Eu sou a Isie Fernandes, sou a nova colaboradora do blog do Caldeira e sou brasileira.

    Olha que incrível, estou escrevendo uma história muito parecida com o que acabei de ler. Em resumo, dois amigos se apaixonam aos quinze anos, mas logo em seguida o garoto (Dan) é forçado a mudar de cidade. O tempo passa e eles não se veem mais, só que os sentimentos na garota (Marina) insistem em permanecer. Então, ávida por dar um basta à sua triste paixão impossível, ela decide escrever um livro, dando, enfim, um desfecho psicológico à sua doce história de amor inacabada. Não contarei o restante para que não se perca a graça, caso algum dos meus leitores leia esse comentário, contudo, quero dizer que ler esse texto tão profundo me ajudou a entender um pouco mais dessa tristeza, desse amor e dessa dor.

    Foi um prazer conhecer seu blog! você escreve divinamente bem! Estou encantada. =)

    Beijos!

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  2. Ah isie, como você disse, o texto é bom, muito bom!
    Então, apresento-me também.. sou Gisela Santanna, amiga de Isie e fiel companheira de blogs, onde ela passa, eu passo! rsrsrs
    Enfim, por um momento pensei que algo muito triste havia acontecido com Lucas, e que bom que me enganei.
    Todas sentimos falta de alguém algum dia. Felizmente, muitos deles têm uma vida melhor depois que saem, mas não acontece sempre...
    Espero que ainda mantenha algum contato com o Lucas, por que, na era da internet, pode-se ser melhor amigo de alguém que você jamais viu pessoalmente, não é isie?? rsrs

    boa sorte com os textos, acompanharei o blog a partir de hoje!

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